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Ralph Ring e Otis Carr

Esta página é uma reformatação da versão original publicada no Project Camelot.


Sonhos: Água-marinha
Ralph Ring e Otis T. Carr

Las Vegas, agosto de 2006

Ralph Ring é um técnico inovador brilhante que, quando jovem, no final dos anos 1950 e início dos 1960 trabalhou com Otis T. Carr. Com a ajuda dessa pequena equipe, Carr, que era um protegido do grande inventor Nikola Tesla, construiu uma série de discos voadores que funcionavam... antes do experimento deles ser forçosamente terminado pelos agentes do governo.

Numa experiência dramática, Ring co-pilotou um disco de 14 metros a uma distância de 16 quilômetros, chegando ao destino deles instantaneamente. Ring, agora aos 71 anos, conta a história - é a primeira vez que ela é relatada.

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-- "Você sempre deve trabalhar com a Mãe Natureza, força nunca é necessária. As leis do universo físico são realmente muito simples."
• Ralph Ring, entrevistado por Kerry Cassidy, agosto de 2006

-- "Você está assumindo que as espaçonaves de ETs são feitas com a nossa tecnologia... Muitos anos atrás, fizemos o mesmo erro e isso nos fez perder vários anos para corrigir o erro e começamos de novo do início. A tecnologia deles não é nada semelhante a nossa... Nós começamos do zero e aprendemos os princípios de dinâmica, física, etc, deles... A nave ET foi fabricada usando a tecnologia ET. Esta espaçonave foi construída muitos anos antes de nós desenvolverrmos a aviação. Eles usam um princípio de física diferente que ainda não entendemos completamente... Eu trabalhei neste projeto por 12 anos e eu, às vezes, acho-me burro, porque tento comparar a espaçonave com a nossa tecnologia. Fazer isso é coisa de idiota, como todos os que trabalharam na espaçonave por todos esses anos acabaram entendendo."
  • Los Alamos National Laboratories físico, citado em Liberado para Divulgação,de Robert Collins

-- "Os pilotos... sabiam que iam muito rápido, mas foi tão rápido que eles viram as coisas paradas no tempo... No início, nossos pilotos não poderiam interagir com a espaçonave. A forma de vida alienígena corrigiu o problema com três dedos no painel globular. Em seguida, a onda formou-se e a espaçonave começou a cooperar e elevar-se... "
  • James Jesus Angleton (CIA), citado em Liberado para Divulgação, por Robert Collins

-- "O veículo era simplesmente uma extensão do corpo deles porque estava atado ao sistemas neurológicos deles..."
  • Coronel Philip J. Corso, O Dia Seguinte em Roswell

-- "Minha máquina voadora não terá nem asas, nem hélices. Se pode vê-la no chão e nunca se adivinharia que era uma máquina voadora. No entanto, será capaz de se mover à vontade pelo ar em qualquer direção com perfeita segurança."
  • Nikola Tesla, entrevistado no jornal The New York Herald Tribune, 15 de outubro de 1911

Material arquivado que foi, recentemente, descoberto por Ralph Ring (todos em inglês):

-- Clique aqui para baixar um livro completo inédito de Otis T. Carr, escrito em 1952, intitulado DIMENSÕES DO MISTÉRIO. O manuscrito está datilografadao num formato PDF de 83 páginas (23 Mb).

O programa de rádio Nine de 1958 de Long John Nebel com Otis T. Carr e/ou a obra dele. A qualidade é pobre, mas o conteúdo é de interesse histórico. Long John Nebel tinha um grande público, abrangeu todos os aspectos do inusitado e paranormal e foi o equivalente à Art Bell daquela época. (Para baixar, os usuários de PC pressionam o botão à direita do mouse e selecionam Salvar como; usuários de Mac pressionam a opção clique)

-- Clique aqui para o novo livro de Margaret Storm, O Retorno da Pomba, com Otis Carr, data desconhecida (Parte 1)
-- Clique aqui para o novo livro de Margaret Storm, O Retorno da Pomba, com Otis Carr, data desconhecida (Parte 2)

-- Clique aqui para Otis Carr, 19 de abril de 1958 (Parte 1)
-- Clique aqui para Otis Carr, 19 de abril de 1958 (Parte 2)

-- Clique aqui para Margaret Storm e Otis Carr, 11 de julho de 1958 (Parte 1)
-- Clique aqui para Margaret Storm e Otis Carr, 11 de jullho de 1958 (Parte 2)

-- Clique aqui para Otis Carr, 15 de novembro de 1958 (Parte 1)
-- Clique aqui para Otis Carr, 15 de novembro de 1958 (Parte 2)
-- Clique aqui para Otis Carr, 15 de novembro de 1958 (Parte 3)


O Projeto Camelot teve o privilégio de ter sido apresentado a Ralph Ring, um técnico talentoso e intuitivo que no final dos anos 1950 e 1960 trabalhou com Otis T. Carr, um protegido do grande inventor Nikola Tesla. Antes de encontrar Carr, Ralph ajudou o famoso oceanógrafo francês Jacques Cousteau a desenvolver o aqualung e, então, passou um período trabalhando numa organização de pesquisa financiada pelo governo chamada de Cinética Avançada.

Bill Ryan conversou com Ralph por mais de doze horas no primeiro encontro deles, em março de 2006. Ele foi genial, carismático, gentil, atraente e alegre aos 71 anos. A história que ele contou foi cativante.


Ralph Ring
em 1984

Em essência, história é a seguinte. Carr e um pequeno grupo de engenheiros e técnicos, sendo Ralph um deles, construiu um disco voador alimentado por eletroímãs giratórios em conjunção com uma série de pequenos, engenhosos capacitores - dispositivos chamados "Utrons". Vários protótipos foram construídos, modelos experimentais variando em tamanho de alguns metros até uma embarcação de transporte de passageiros que media 14 metros de diâmetro. Os discos menores voaram com sucesso - inclusive um desapareceu completamente - e Ralph afirma ter co-pilotado, com duas outras pessoas, a grande espaçonave a uma distância de cerca de 16 quilômetros, viajando esta distância instantaneamente.

Carr pensava seriamente em levar a espaçonave dele para a lua. No entanto, duas semanas após a experiência dramática de Ralph, o laboratório deles foi violentamente fechado por agentes do governo e todos os arquivos e documentação foram confiscados. O grupo foi forçado a dissolver-se e o projeto nunca foi concluído. Desanimado e frustrado, Ralph comprou algumas terras no Arizona, onde ele construiu uma casa futurista em forma de disco que ele, mais tarde percebeu, que era surpreendentemente eficiente em termos energéticos e décadas à frente do seu tempo.

"... o metal virava gelatina. Você podia empurrá-lo com o dedo. Deixava de ser sólido. Tornava-se outra forma de matéria, que era como se ele não estivesse totalmente aqui, nesta realidade".
O Trabalho de Carr foi gravado em vários programas, mas os detalhes são relativamente escassos. Um físico altamente respeitado, pesquisando os sistemas de energia alternativa com o apoio de uma organização de peso, disse a Bill Ryan que ele "nunca investigou Otis Carr, porque as reivindicações dele pareciam ser muito estranhas". Mas alguns pesquisadores estão conscientes de que uma das equipe de engenheiros de Carr ainda está viva. O Projeto Camelot tem o privilégio de contar a história de Ralph Ring e divulgará uma entrevista em vídeo com ele dentro das próximas semanas.

Ao recordar os acontecimentos emocionantes do final dos anos 1950, trabalhando dia e noite com Carr, Ring frequentemente insistiu que a chave era trabalhar com a natureza. "Ressonância", ele salientaria repetidamente. "Você tem que trabalhar com a natureza, não contra ela". Ele descreveu que quando os discos eram ligados e chegavam a uma determinada velocidade de rotação,"... o metal transformava-se em gelatina. Você podia empurrar ele com o dedo. Deixava de ser sólido. Tornava-se uma outra forma de matéria, que era como se ele não estivesse totalmente aqui nesta realidade. Essa é a única maneira que posso tentar descrevê-lo. "Era estranho, uma das sensações mais estranhas que eu já senti".

Como foi trabalhar com Carr? "Ele era um gênio inquestionável. Tesla reconheceu a capacidade dele de imediato e lhe ensinou tudo o que ele sabia. Ele foi inspirado e - Como Tesla - parecia saber exatamente o que fazer para conseguir que algo funcionasse. Ele era um homem privado e também tinha um pensamento muito metafísico. Acho que o fato dele não ser formalmente treinado em física o ajudou. Ele não era limitado por qualquer idéia preconcebida. Tão louco quanto parece, ele estava determinado a voar para a Lua e realmente acreditava que poderia ser feito. Eu acreditei nele. Nós todos acreditamos."

"... Fiquei completamente surpreso quando percebemos que havíamos retornado com amostras de rochas e plantas do nosso destino. Foi um grande sucesso. Parecia mais como uma espécie de teletransporte."

A espaçonave voou? "Voar não é a palavra certa. Ela percorreu distância. Parecia que o tempo não havia passado. Eu estava com dois outros engenheiros quando pilotamos a de 14 metros de diâmetro por cerca de 16 quilômetros. Eu pensei que ela não tinha se movido - pensei que tinha falhado. Fiquei completamente surpreso quando percebemos que havíamos retornado com as amostras de rochas e plantas do nosso destino. Foi um grande sucesso. Parecia mais como uma espécie de teletransporte."

"Além do mais, o tempo foi distorcido de alguma forma. Sentimos que estávamos na espaçonave por cerca de quinze ou vinte minutos. Fomos informados mais tarde que tínhamos sido cuidadosamente cronometrados como estando na espaçonave por não mais do que três ou quatro minutos. Eu ainda não tenho nenhuma idéia de como funcionava. Nós apenas a construímos exatamente de acordo com as instruções de Carr. Tudo tinha que ser perfeito... tudo tinha que ser perfeito ou, ele disse, não funcionaria: uma espécie de estado simbiótico entre o homem e a máquina."

"O Utron era a chave de tudo. Carr disse que ele acumulava energia devido à sua forma e focava ela, assim como respondendo as nossas intenções conscientes. Quando operamos a máquina, não manuseamos controles. Entramos num tipo de estado meditativo e todos nós concentramos nossas intenções no efeito que queríamos alcançar. Parece ridículo, eu sei. Mas isso foi o que fizemos e foi isso que funcionou. Carr penetrou em algum princípio que não é bem compreendido, em que a consciência se funde com a engenharia para criar um efeito. Você não pode escrever isso em equações. Não tenho a menor idéia de como ele sabia que funcionaria. Mas funcionou."

"... existem dois segredos para fazer os discos voadores alienígena funcionarem. Um  é a engenharia avançada deles e o outro é a capacidade mental."

"Eu já perdi a conta do número de pessoas que se recusaram a acreditar no que aconteceu. Eu já não falo sobre isso. Não é divertido ser zombado e ridicularizado. Mas o descrevi exatamente como ocorreu. Um dia alguém construirá um disco, assim como o fizemos, e eles terão a mesma experiência. Todas essas plantas ainda existem. Hoje em dia, tudo seria feito com circuitos de estado sólido e digital - as partes móveis não seriam necessárias."

"Ouvi dizer que os alienígenas usam o mesmo princípio para operar as naves deles. O corpo delas parece funcionar conectado a consciência deles. A nave amplifica o poder das mentes. A nave não funcionará sem os pilotos. Eu ouvi dizer que é por isso que não podemos pilotar essas naves - ou, de qualquer modo, não podemos manobrá-las da maneira como eles fazem. Apenas não somos mentalmente e espiritualmente qualificados o suficiente. Portanto, hão dois segredos para fazer as naves funcionarem. Um deles é a engenharia avançada e o outro é a capacidade mental e espiritual. Podemos ter duplicado alguns como o primeiro quesito, mas podemos ter um longo caminho para realizar o segundo."


Ralph Ring com Bill Ryan

Bill Ryan deixou Ralph com a promessa de levar a informação para alguém que possa entender e duplicar as experiências dramáticas conduzidas por Carr e a equipe dele. Ralph e Bill Ryan concordaram em trabalhar juntos para ver o projeto ser levado a cabo. Pouco depois disso, Ralph foi ao hospital para uma operação de rotina de substituição do joelho. Ele acidentalmente recebeu o tratamento errado e quase morreu por três vezes. No momento em que escrevemos isso (julho de 2006) ele voltou recentemente, muito frágil, dos tratamentos intensivos - mas está determinado a contar a história dele. Antes disso, aos 71 anos, ele gozava de saúde perfeita.


É exatamente por isso que existe o Projeto Camelot.

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Material sobre Otis Carr atualmente no domínio público:

De acordo com Otis Carr: "Qualquer veículo acelerado num eixo de rotação relativo à massa inercial atraente, imediatamente torna-se ativado pela energia-livre no espaço e atua como uma força independente..." Nós mostramos que um corpo carregado, acelerado num eixo de rotação relativo a esta massa inercial atraente, indica a polaridade em uma determinada direção.

"A agulha magnética aponta, digamos, para cima em direção ao topo do corpo. Mas monte isto enquanto girando o corpo, no eixo dele, em outra plataforma e gire essa plataforma num eixo, então, se a contra-rotação é maior que a inércia da rotação do corpo, uma agulha magnética na segunda plataforma apontará para baixo, enquanto a primeira agulha magnética aponta para cima, indicando a relatividade completa da polaridade. Quando a contra-rotação exata coincide com a rotação o corpo perde totalmente a polaridade e imediatamente torna-se ativado pela energia livre (tensor tensão no espaço) e age como uma força independente... A montagem descrita acima, de contra-rotação de massas carregadas, torna-se imponderável e escapará da atração imediata das forças gravitacionais."

O motor de Carr tinha apenas duas peças móveis - como dois piões em cima um do outro, cada um girando numa direção diferente. Carr afirmava que "quando a contra-rotação emparelha com a rotação, o corpo perde a polaridade... e cria uma espécie de força independente. Isto faz com que a massa em contra-rotação escape do efeito total da influência gravitacional".

Resultados semelhantes, relativos as aparentes propriedades antigravitacionais de objetos girando, foram mostradas por diversos pesquisadores - notadamente, o eminente Professor e engenheiro britânico Eric Laithwaite, que demonstrou uma aparente perda de peso num sistema lacrado contendo um arranjo de giroscópios em rotação e exortou a comunidade científica a investigar o fenômeno. Curiosamente, a descrição de "gelatina" do estado alterado do metal sólido, obtido em condições específicas e incomuns, também foi relatada pelo pesquisador John Hutchison e é parte do folclore do Experimento Philadephia.

Segundo Carr, o veículo foi realmente concluído em 1947, mas na época ele foi incapaz de atrair qualquer interesse para o veículo. Carr afirma que o núcleo da nave espacial seria uma bateria enorme que giraria na velocidade do exterior da nave e que seria recarregada pelo prórprio movimento. Carr foi mais longe e declarou que tal bateria, construída em qualquer tamanho, poderia ser projetada para alimentar a maior usina de geração de energia elétrica, alimentar um automóvel, aquecer uma casa ou fornecer energia para qualquer máquina ou dispositivo concebíveis.

Em 15 de abril de 1959 um lançamento foi programado em Oklahoma City, com centenas de pessoas convidadas, tendo sido informado de que um disco protótipo subiria a 120-180 metros acima do chão numa pedreira. Após um atraso de várias horas, foi feito um anúncio de que o lançamento havia sido adiado devido a um rolamento mal projetado. No entanto, posteriormente, se ficou sabendo que Carr tinha sido admitido no hospital por oito dias devido a uma hemorragia pulmonar; além de que, num teste preliminar de vôo, o acumulador apresentou um vazamento que pulverizou mercúrio no interior da nave.

As declarações de Carr começaram a atrair a atenção do governo dos EUA no final da década de 1950. O major Wayne Aho, ex-Diretor de Inteligência de Combate do Exército durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou que levaria a nave à Lua em 7 de dezembro de 1959, que a viagem levaria cinco horas e que ele permaneceria em órbita por 7 dias antes do retorno. A nave de 14 metros de diâmetro que ele usaria pesava 30 toneladas e "era alimentada pelo motor Utron".

Em 02 de junho de 1960, Carr disse a uma platéia de 300 pessoas que era uma "distorção traiçoeira o fato de se dizer ou inferir que nós [OTC Enterprises] íamos a Califórnia para arrecadar dinheiro com vendas de ações". A U. S. Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado americano) entrou com uma liminar contra Carr, ordenando-lhe que cessasse a venda de ações não registradas. Publicidade negativa começou a aparecer em várias publicações e haviam indícios de improbidade, embora não houvesse qualquer prova. A imprensa começou a se voltar contra ele.

Em janeiro de 1961, o procurador-geral de Nova York, Louis J. Lefkowitz, afirmou que Carr tinha dado o calote de 50.000 dólares e, no fim do ano, a revista True Magazine rotulou-o como um fraudador. A essa altura, o laboratório dele foi invadido e destruído e o grupo de engenheiros recebeu ordens para dispersar e não manter contato uns com os outros. Não se sabe o que aconteceu com Carr e a nave... mas eles nunca voaram novamente. Foi declarado que Carr sofria de problemas de saúde, que era um homem alquebrado. Ele faleceu em Gardnerville, Nevada, em 2005.

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O design do OTC X-1:

     Por favor, clique em cada imagem para vê-la em alta resolução.

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Entrevista: "Long John" Nebel (WOR Rádio, NY) com Otis Carr e Norman Colton (29 de outubro de 1957):

LJ ("Long John" Nebel): De acordo com o cronograma o preço total a pagar na entrega, sem compromissos prévios necessários, incluindo todas as despesas e outros custos indiretos é de 20 milhões de dólares. Adicionais unidades idênticas estão avaliadas em 4 milhões de dólares cada. Isso é um monte de dinheiro! Meu nome é John Long e chamamos isso de "the Party Line (a Conexão)".

Eu imagino que você quer saber do que falo que custa 20 milhões de dólares. Bom, eu tive alguns patrocinadores e vendemos algumas coisas, mas não tenho a empresa OTC Enterprises Inc., de Baltimore, Maryland, como patrocinadora, mas eles têm algo para vender. Principalmente, uma nave espacial circular de alumínio que está disponível por 20 milhões de dólares. Nós falamos, muitas vezes, sobre discos voadores no programa. Mas esta noite parece-me que temos dois cidadãos muito sérios, que representam as Empresas OTC e de acordo com todos as brochuras, todos os folhetos, tudo o que temos à nossa frente e, acreditem, temos uma pilha de coisas na nossa frente, incluindo modelos em miniatura que funcionam, e com todo esse material, sou levado a crer nesses homens e a acreditar que há algo como discos voadores.


O advogado do município de Oklahoma William Berry (à esquerda), Otis T. Carr (centro) e Hubert Gibson, o advogado de Carr (à direita)
Os homens a que me refiro são Otis. T. Carr, presidente e Norman Evans Colton, Diretor de Vendas. Estes senhores estão associados as Empresas  O.T.C., e nós estaremos falando com eles esta noite sobre a possibilidade de se fazer uma nave que pode ir a Vênus, à Lua, a Marte, e que custa 20 milhões de dólares. Após adquirirmos a primeira as outras não custarão muito caro, cerca de 4 milhões de dólares cada. Temos conosco nesta manhã Ben I. e Mel Saloney. Eles estarão conversando com muita gente e espero que vocês possam chamar alguns dos seus amigos e vizinhos e dizer-lhes que se estiverem interessados ​​em discos voadores, esta é a noite que devem estar conosco.

Sr. Carr, há algum tempo um dos nossos ouvintes me enviou um folheto que foi publicado pelas Empresas OTC. É um folheto muito bonito, certamente, é muito inspirador e quando li esta oferta de uma espaçonave que seria vendida por 20 milhões de dólares, quase caí da cadeira e mencionei isso no ar, evidentemente, alguém contatou o Director de Vendas, Sr. Colton, e ele entrou em contato conosco e é por isso que vocês estão aqui nesta manhã.

Antes de falarmos sobre essa espaçonave particular que pretendem fabricar, gostaria de fazer-lhes algumas perguntas. Primeiro: Vocês acreditam na possibilidade de discos voadores virem a este planeta, o planeta Terra, de outros planetas?

OTC (Otis T. Carr): Nós acreditamos que existem objetos eletrificados não identificados no ar. Vimos três em três ocasiões diferentes.

LJ: Você diz que viu três, Sr. Carr? Você os viu no ar? Eles estavam flutuando acima de um determinado local?

OTC: No ar, eles iam  em grande velocidade e eles estavam, definitivamente, eletrificados porque temos trabalhado no mesmo princípio por muitos anos e nós reconhecemos o que vimos.

LJ: Bom, quando você diz eletrificado, que outro tipo, se podemos usar a palavra discos esta manhã, porque muitos de nossos ouvintes compreendem isso; que outros tipos de discos poderiam haver que não sejam eletrificados, poderiam haver a gás ou algo assim, Sr.?

OTC: Poderia haver se nós seguimos os princípios conhecidos na nossa atmosfera. Hão muitas maneiras que um disco circular possa ser usado, como a hélice principal e os jatos na área perto do alumínio, os de ponta. Mas, nas ocorrências dos três diferentes que vimos em 1951 e 1952, eles eram, definitivamente, elétricos e se pareciam muito com o que já havíamos projetado.

LJ: Você disse um sistema de 'hélice'?

OTC: Isso mesmo. Bom qualquer sistema de rotação circular que possa usar uma força motriz, como propulsão a jato faria uma nave voar.

LJ: De que forma o seu invento é diferente dos objetos voadores não identificados que você viu?

OTC: Nós não sabemos, naturalmente, não fomos capazes de examinar os objetos que vimos, devido à grande velocidade, não podemos dizer com certeza que eles são semelhantes ao nosso, mas sentimos que o princípio é o mesmo. Nosso projeto utiliza a gravidade, o eletromagnetismo, a força eletromotriz e um campo relativo para fazê-lo funcionar.

LJ: Não entendi uma única palavra da sua última frase. Sem entrar em detalhes técnicos você poderia  torná-lo um pouco mais claro?

OTC: Usamos esta expressão de utilizar um transmissor eletrificado. É um núcleo de força central. Isso é o que chamamos de 'acumulador'. No sentido vernacular, é uma fábrica. É uma célula de armazenamento, um acumulador de células de armazenamento que fornece uma força eletromotriz da mesma maneira que qualquer bateria conhecida produz uma força eletromotriz.


Wayne Aho (à esquerda) e Otis T. Carr
(segundo à esquerda).
Os dois homens à direito são desconhecidos.
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LJ: É isso o que você está segurando em sua mão?

OTC: É isso mesmo.

LJ: Você pode descrevê-lo?

OTC: Este é um objeto dimensional. Ele foi projetado com as dimensões do próprio espaço. Dizemos que é verdadeiramente a forma geométrica do espaço, porque é completamente redondo e completamente quadrado. Deste lado as superfícies são todas redondas, mas quando o mostramos desta forma as superfícies são quadradas. Ficou provado em laboratórios científicos que a menor unidade de massa da matéria já fotografada ao microscópio eletrônico tem forma quadrada. Isso só foi descoberto nos últimos meses. Nós o sabemos há anos e aplicamos esse princípio num sistema eletrificado, que é o núcleo de energia do nosso veículo espacial. O que torna isso diferente, único e original a uma bateria é o fato de que isso é um pedaço de máquina que se move, que gira. Nossa bateria comum é um objeto inanimado posta em um ponto de inércia e, então, a força eletromotriz é conduzida por fios partindo desta bateria para eletrificar um objeto.

LJ: Deixe-me interromper um momento, tentarei descrevê-lo melhor. Bom, parecem duas casquinhas de sorvete unidas pela abertura, mas o ângulo é muito mais amplo do que os cones de sorvete. Há uma série de sulcos que parece que é onde as engrenagens se encaixam. Isso está correto?

OTC: Não, esses são, de certo modo, os 'princípios da turbina'. São 'canais reativos'. Onde há atmosfera, um fluxo de ar auxilia na rotação.

LJ: Bom, então, este é um dos componentes da unidade, esta é a bateria?

OTC: Este é o núcleo central de energia.

LJ: Isto gera eletricidade?

OTC: Com certeza. Esta é uma célula de armazenamento de energia elétrica. Em operação isso gera eletricidade ao mesmo tempo que produz força eletromotriz. Este é o sistema central de energia para a nossa nave espacial.

LJ: Eu posso dizer que se abriu e parece ser oco no interior, muito, eu diria... bom, é circular, no interior, quando as duas partes são colocados uma em cima da outra e se encaixam no lugar, a cavidade no interior é circular.

OTC: É uma esfera, sim. Cada unidade é um hemisfério. Chamamos o centro disso, esta parte grande de equador e, é claro, que contrai e se expande num ponto em cada lado. É a união de duas seções cônicas, é isso o que é. Duas seções em ângulo reto e dizemos que é a dimensão do espaço e mostramos como isso acontece.

LJ: É manhã de terça-feira,  29 de outubro de 1957... Aqui tem um parágrafo que diz que você enviou cópias da brochura descrevendo o sistema de propulsão que você desenvolveu ao presidente Eisenhower, ao Gabinete a Comissão de Energia Atômica. Você já recebeu uma resposta deles?

OTC: Houve uma informação de que eles receberam o material.

LJ: Além disso, eles deram qualquer opinião do valor dessa sua contribuição?

OTC: Não, não recebemos qualquer avaliação.

LJ: Você não acha que é um pouco estranho?

OTC: Sim, acho.

LJ: Existe alguma modo de você poder explicar isso?

OTC: Eu tenho minhas próprias idéias sobre isso. É claro que não uma há maneira de comprovar tais idéias. Na minha opinião pessoal, temos um veículo verdadeiramente seguro que não é supérfluo, não queima energia em poucos segundos, carrega a energia com ele, pode deixar a atmosfera da Terra e retornar, também pode ser usado dentro da atmosfera. Pode fazer viagens tão confortavelmente quanto outros sistemas de transportes aéreos daqui para Baltimore ou daqui para a Lua. Ele é barato, certamente não custa tanto quanto os sistemas de foguete em expansão. O abastecimento é muito menos dispendioso e se ou não a nossa oferta está entrando num momento econômico que não é viável neste momento, não sabemos. Esta é uma das nossas opiniões.

Ben: Sr. Carr. Eu estive olhando a literatura que você nos forneceu. Eu reli esse material e há uma fórmula matemática que surge aqui que me intriga, menos zero dividido por mais zero é igual a zero. A primeira vez que vi um zero negativo, ele estava numa equação matemática na obra de Einstein. Gostaria de saber se você pode me dizer mais sobre isso e como você chegou a esta idéia.

OTC: A equação é obtida da forma de nosso acumulador elétrico Utron, este é o nome dado ao nosso sistema central de energia. Em nossa operação com modelos e na verificação de experimentos, nós tivemos que encontrar a fórmula que se encaixa na razão da ação e da reação que estávamos recebendo. Portanto, ao explorar a natureza e estudar a grande obra inspiradora do Dr. Einstein sobre a relatividade, nos deparamos com esta fórmula de correlação linear. Quando estudamos correlação linear em forma geométrica, temos que ter um ponto de partida e este é o ponto. De lá se expande através da cruz e do círculo. Na matemática a única maneira de expressá-la é no simbolismo de zero X (ou 0x) e esta fórmula nos leva a isso. Afirmamos que esta é a verdadeira teoria do campo unificado em física prática.

Ben: O que gostaria de saber... é como você foi levado ao conceito de um 0 negativo.

OTC: Num estudo mais aprofundado da grande obra inspiradora do Dr. Einstein, nos correspondemos com ele e tivemos a grande sorte de sermos aconselhados por ele naquela época, aprendemos que todas as medições de tempo e espaço tinham que ser consideradas em relação ao o observador e, portanto, nunca houve uma equação fixa, devido ao observador estar na experiência, como eu o entendo, o próprio observador sendo o fator negativo e, desse modo, não se pode ter qualquer quantidade fixa de qualquer número. Ora na forma física, isso é outra coisa. Nós trabalhamos por um tempo considerável e tivemos muitas conferências com o grande Nikola Tesla e a avaliação dele da onda senoidal, dos princípios elétricos e do valor real dos sistemas de corrente alternada e hidro-elétricos que foram desenvolvidos pela grande genialidade deste homem. Mais inspirações vieram a nós e, finalmente, deste conhecimento e contínua procura encontramos esta fórmula.

Ben: Você achou esta fórmula, Sr. Carr?

OTC: Eu a encontrei com a ajuda do Sr. Colton na avaliação. O Sr. Colton pesquisa muito todo o trabalho que faço e nós trabalhamos conjuntamente. Também o Sr. Shea colabora comigo na pesquisa.

LJ: Sr. Carr, quando a empresa O.T.C. foi criada?

OTC: ...1955.

LJ: Quanto tempo antes do ano de 1955 você esteve associado ao Sr. Shea e ao Sr. Colton?

OTC: Nunca antes da criação da empresa, eles têm estado comigo desde então.

LJ: Você estava interessado nisso antes de 1955?

OTC: Começamos, eu uso o pronome "nós", esse desenvolvimento em 1937. Nossas investigações começaram em 1937. Estávamos, ativamente, construindo modelos em 1938. Em 1942 nós sugerímos os princípios básicos.

LJ: Em outras palavras, há 18 anos você tinha em mente que, possivelmente, algum tipo de emcarcação poderia ser desenvolvida e ir ao espaço? Está certo?

OTC: Isso é verdade.

LJ: Você espera que, com essa embarcação, se você for capaz de fabricá-la, possas ir a outros planetas?

OTC: Escapar da imediata atração da gravidade mais a atmosfera pesada da Terra permite, assim como os nossos satélites fazem, que nos juntemos ao sistema de energia universal e gratuito. Eles têm agora uma velocidade de 29.000 quilômetros por hora, mais ou menos, sem qualquer que seja o dispêndio de energia. Qualquer energia anexada a isso imediatamente os jogaria numa órbita de maior velocidade que os lançaria ainda mais além no espaço... Isso é extremamente fácil de se fazer. Sentimos que a nossa embarcação gradualmente escapará e, possivelmente escape da atmosfera da Terra, então, podemos lidar com velocidades quase inimagináveis ao alcançar outros sistemas de gravidade e a Lua não estaria mais do que cinco horas de distância.

LJ: Cinco horas de distância de Baltimore, Maryland.

OTC: Isso mesmo.

LJ: Quantas pessoas pode viajar nesta embarcação?

OTC: A que temos na prancheta de projetos é de 14 metros de diâmetro, a cabine poderia acomodar três confortavelmente.

LJ: Que tipo de equipamento você terá a bordo desta nave?

OTC: Nesta nave, de acordo com os indivíduos em causa, se pode viajar do mesmo modo como num avião pressurizado. Nós não temos o problema de um escudo de calor.

LJ: E sobre a alta velocidade?

OTC: Nós não temos o problema de barreiras térmicas porque o sistema eletro-magnético cria um escudo protetor em nossa nave, que nos permite superar essa barreira sem qualquer desconforto para os ocupantes no interior da nave. Podemos subir muito lentamente e, uma vez estejamos fora da atmosfera, podemos acelerar a velocidades enormes até mesmo a velocidade da luz.

LJ: Eu estou muito interessado no método de aterrisagem desta nave se se fosse capaz de chegar a Lua. Vamos esquecer a Lua por um minuto, se se tirar a nave deste planeta saíndo do aeroporto de Baltimore, como é que ela aterrizaria, senhor?

OTC: De volta a Baltimore?

LJ: Sim.

OTC: Muito simples, nós podemos voar a uma velocidade muito lenta, cerca de 30 metros por minuto ou menos, e podemos pousar tão suavemente como uma pena, porque parte da operação de nossa nave está unida ao sistemas universal. Esta é uma velocidade relativa da atração da massa inercial, torna-se sem peso no que se refere a esta atração inercial. Individualmente, não é sem peso, tem o mesmo peso de antes, mas quando chega a localização relativa, torna-se um sistema independente, assim como um planeta é um sistema independente.

LJ: Existe alguma força gravitacional neste ponto senhor?

OTC: Nenhuma.

LJ: O que acontece com os ocupantes da nave espacial?

OTC: Eles estão perfeitamente confortáveis.

LJ: Quero dizer,  as cabeças deles estão no teto?

OTC: De jeito nenhum. Eles terão a mesma sensação de pressão ou de peso que eles têm normalmente, porque manteremos o mais próximo possível a pressão atmosférica da Terra ao nível do mar dentro da nave.

LJ: Isso é bastante técnico para mim, Sr. Carr, então, por favor, aceite minhas desculpas por ser um pouco estúpido e ignorante na minha linha de questionamento. Tenho a impressão de que a única razão de  que sou capaz de sentar nesta cadeira, é por causa da atração gravitacional.

OTC: Temos isso em cerca de 14 libras por polegada quadrada dentro de nossa atmosfera. Fomos capazes de ser isolados de tal condição e, assim, artificialmente, como na pressão atmosférica, a pressão na cabine é mantida. Isso funciona muito bem em submarinos. Do mesmo modo, pode ser usado em nossa nave.

LJ: Em outras palavras, sob o mar, onde um submarino pode estar, não há força gravitacional, é isso o que você está dizendo?

OTC: Existe uma força gravitacional em todos os momentos, mas estamos falando sobre a atmosfera dos ocupantes particulares dentro de uma unidade selada.

LJ: É necessário manter os ocupantes na posição que desejarem.

OTC: Com certeza, porque, no vácuo, eles estão à mercê de qualquer velocidade.

LJ: O que aconteceria, senhor, se houvesse algum tipo de instrumento que se pudesse ligar e eliminar a atração gravitacional que existe nesta sala?

OTC: Você, em certo sentido, ficaria flutuando e isso não é em si uma novidade, mas certamente não tem quaisquer efeitos desastrosos sobre a humanidade.

LJ: Eu permaneceria nesta posição?

OTC: Você poderia, mas qualquer movimento poderia tirá-lo dessa posição.

LJ: Será que os objetos, o microfone, permaneceriam na mesma posição?

OTC: Até que fossem movidos em qualquer outra direção. Qualquer movimento poderia levá-los a flutuar.

LJ: Eu tenho um lápis, se eu o segurasse no ar e abrisse os meus dedos, ele cairia por causa da atração gravitacional.

OTC: Isso é verdade.

LJ: Se tivéssemos essa outra condição que você tão apropriadamente descreveu há pouco, se eu abrisse meus dedos o lápis permaneceria no ar?

OTC: Com certeza, ele ficaria lá.

LJ: Eu acredito que o que você diz é que se estaria criando um campo gravitacional artificial dentro do corpo da nave espacial e, ainda assim, não haveria qualquer gravidade do lado de fora?

OTC: Completamente correto.

LJ: Isto é feito pela bateria que tentei descrever, girando e produzindo a própria influência gravitacional?


OTC: Sim, este é o começo de uma resposta à sua pergunta: temos placas de capacitor e eletro-ímãs como uma parte deste sistema. Mas eles estão em contra-rotação, os eletro-ímãs giram em uma direção e o acumulador e as baterias giram em outra. As placas de capacitor giram em conjunto com a bateria, tal que temos rotação no sentido horário e anti-horário. O terceiro sistema é a cabine que mantém a tripulação. Esta não gira, é fixa em relação aos dois corpos que estão girando no sentido horário e anti-horário. Portanto, o sistema faz com que a nave escape da atração gravitacional. A nave, devido a este sistema, mantem a gravidade interna porque ela ainda tem o mesmo peso que tinha no começo.

LJ: O que carrega esta bateria?

OTC: Ela começa eletroquimicamente igual as outras baterias, mas temos um sistema de regeneração que é muito original. Somos capazes, pela primeira vez do nosso conhecimento, a usar eletricidade atmosférica como um sistema de recarga. Isso é feito como uma parte do operacional básico da nave.

LJ: Você diz que usa eletricidade atmosférica. O que acontece quando você usa a eletricidade atmosférica e não há nenhuma atmosfera?

OTC: Temos sistemas eletroquímicos para nos fornecer toda a energia que precisamos e ter um sistema de regeneração na forma de uma bobina regenerativa que recarrega a bateria, da mesma maneira que a bateria de armazenamento no automóvel é recarregada por um gerador.

LJ: O que você criou é a primeira máquina de movimento perpétuo.

OTC: Não há nada perpétuo na nossa máquina. As energias que a fazem funcionar são perpétuas. Você não pode destruir a matéria, você não pode destruir energia. O fluxo molecular é perpétuo e foi comprovado em laboratório. Ficou provado que a própria eletricidade é imortal. Quando tiramos a resistência podemos configurar uma faísca de eletricidade que continuará a operar, portanto temos energia perpétua. Nenhuma máquina que possa ser concebida pelo homem seria perpétua, mas funciona com a energia livre. É auto-energizada enquanto todas as partes funcionarem e não se desgastarem, esta, certamente, é uma máquina auto-energizada.

Ben: Sobre esta fórmula, você usou métodos convencionais algébricos?

OTC: Não, nós não usamos; apenas parcialmente convencional, porém, juntamos as formas espaciais. Chegamos a equações satisfatórias para nós mesmos que podem ser demonstradas.

Ben: As leis físicas em que se baseia a sua invenção, são expressas em termos matemáticos?

OTC: Possivelmente, mas eu não diria que sou qualificado. Estamos satisfeitos com esta fórmula.

Ben: Bom, é como dizer: 4 positivo dividido por 4 negativo é igual a 4.

OTC: Às vezes, essas soluções não são sempre o que parecem. Como sabemos, em sinergia, sabemos que um mais um é igual a três.

Ben: Um mais um é igual a três? Como?

OTC: Porque duas condições sempre produzem uma terceira.

Ben: A terceira condição é 2, não é?

OTC: Não necessariamente...

Ben: Você poderia explicar estas condições?

OTC: Se uma condição opera de uma forma e a outra opera de outra forma, quando elas se juntam se tem uma outra condição e a soma é 3.

Ben: Bom, isso está um pouco além da minha capacidade,  estudei este protótipo que você trouxe e notei uma moldura de madeira ou andaimes, há um modelo maior de...  há nele uma turbina e em torno dela há um anel de madeira e parece estar encravado com eletroímãs.

OTC: É isso mesmo, este é um modelo de madeira do modelo operacional. O que temos aqui são os cones - o nosso acumulador elétrico Utron - esse é o sistema de energia. Este sistema aciona os eletroímãs, que por sua vez...

Ben: O sistema - a coisa na parte interna - ativa os eletro-ímãs do lado de fora?

OTC: É isso mesmo. Fazemos isso conectando o fio condutor dos pólos positivo e negativo das baterias aos eletro-ímãs e, então, temos os disjuntores destes electro-ímãs que nos dão a contra-rotação. Estes electro-ímãs giram no sentido anti-horário, enquanto a área interna gira no sentido horário.

Ben: As bobinas de arame do modelo, também são magnetizadas?

OTC: As bobinas de arame dentro do anel são bobinas regenerativas, são bobinas da força eletro-motriz que ajudam na regeneração da bateria. Porque são loops de fio colocados dentro de um campo magnético que gera uma força electro-motriz. Elas são placas capacitoras que também são ativadas pelo núcleo de energia central; mas estas placas, que podem aceitar uma carga muito elevada na condutância neutra, também, através do processo de ionização, utilizam eletricidade atmosférica.

Ben: Quer dizer se se ligar essa coisa... Não vejo como se pode obter um quadrado.

OTC: Dimensionalmente é, ela é quadrada nessas dimensões e quando esta rotação começa e aumenta a uma certa velocidade, esta forma é muito importante porque temos a equação total de ação e reação. Isso é feito por um sistema de enrolamento de bobina onde começa num ponto, expande-se para um equador, continua ou reduz-se a um ponto. Com esta expansão e contração física, cria-se um campo eletromagnético. Onde a gravidade entra em cena na forma desta rotação relativa. Quando a rotação relativa atinge a massa inercial efetiva, há uma questão de dimensão. Tal que, se a terra, como nós dizemos, tem 12.800 quilômetros de diâmetro, sabemos que a rotação fixa é de 1 em 24 hrs. Se tivéssemos 1.600 quilômetros de diâmetro a rotação seria 12.800 em 24 horas. Da mesma forma, a nossa nave de 14 metros teria uma rotação de 580 rpm num minuto e quando ela atinge essa rotação é totalmente independente da massa inercial atrativa num campo eletro-magnético.

Ben: 580 rpm num minuto, isso não é muito rápido, não é?

OTC: Bom, se você disser que um carossel faz 580 rpm num minuto isso seria muito rápido.

Ben: Se seus modelos chegam até a 580 rpm num minuto, eles decolarão?

OTC: Este modelo girou a 40.000 rpm num minuto e quando isso aconteceu, ele definiu um padrão de pressão de 1.000 toneladas, a leitura do cavalo-vapor foi um pouco mais do que 700. Seis engenheiros verificaram isso. A rotação relativa deste modelo seria de cerca de 68.000 rpm num minuto e quando atingir essa rotação ele, imediatamente, decolaria.

LJ: Sam Vanderburt é o fotógrafo que tirou as fotos aqui esta manhã. As fotos aparecerão na edição da revista Argosy de abril de 1958. Uma pergunta de um telegrama - Será que o fator tempo está envolvido com esta nave?

OTC: No nosso sistema solar, o fator tempo estaria envolvido, sim. Nós avaliamos o tempo na velocidade da luz e em certos sistemas, se excedermos a velocidade da luz, sem dúvida, o tempo diminuiria.

Ben: Sua nave pode exceder a velocidade da luz?

OTC: Nós não diríamos isso, eu digo em outros sistemas.

Ben: Eu pensei que nada poderia fazer isso, eu pensei que era um fator constante, um dos fatores de Einstein.

OTC: Possivelmente em nosso sistema, mas isso não é necessariamente verdadeiro em outros sistemas.

Ben: Qualquer coisa que se aproxime da velocidade da luz se transforma em energia pura.

OTC: Energia pura, mas em outros sistemas poderia mudar.

Ben: Que outros sistemas?

OTC: Outros sistemas solares, somos completamente controlados pelo nosso sistema solar e aqui a velocidade da luz é o nosso parâmetro e o nosso padrão e a nossa nave é projetada considerando isso...

Ben: Apenas não se derruba um dos princípios básicos do universo.

Mel Salomey: Einstein não disse que qualquer medição é relativa?

Ben: Exceto esta, é o primeiro axioma.

Mel: O que é um axioma?

Ben: Auto-evidência, verdade.

Mel: Obrigado. Einstein não estava teorizando, não estava pressumindo?

OTC: No entanto, temos de voltar ao que foi consumado. Nós inventamos um sistema eletrificado que torna possível um sistema de propulsão que posto em operação pode carregar seres humanos, com um sistema de combustível que não é descartável, levá-los ao espaço e trazê-los de volta e retornando nesta nave. Se eu tivesse as ferramentas agora, e essas ferramentas estão disponíveis em grandes instalações. Se essas ferramentas estivessem disponíveis para mim, poderíamos por esta nave na Lua dentro de seis meses a partir desta data.

Q: Sr. Carr, nesta folha que tenho na minha frente, a primeira folha, Características de Desempenho e Termos de Entrega para a OTC-X1 nave espacial circular de alumínio. Notei o parágrafo intitulado 'componentes físicos'. A segurança em condições normais seria antecipada em vôo. Seria dentro dos 1.600 quilômetros de distância da Terra. Talvez eu não esteja lendo isso corretamente, senhor; mas como leio isso, você está dizendo que, nesse momento, você sente que a nave OTC-X1 pode ir a uma distância de 1.600 quilômetros de distância da Terra e, a alguns minutos atrás, você nos disse que você poderia ir a Lua em 5 horas.

OTC: Isso está correto, a mesma nave, afinal de contas isso é uma forma de contrato e não estivemos na Lua. Iremos desfrutar de uma visão da Terra a mil e seiscentos quilômetros acima dela e acho que seria satisfatório se fizermos um retorno seguro.

Q: A partir de mil e seiscentos quilômetros?

OTC: 1.600 quilômetros foi escolhido como um valor arbitrário para fins de demonstração. Antes de entregarmos a nave, levaríamos a tripulação a uma distância de 1.600 quilômetros.

Q: Antes de entregar ao comprador?

OTC: Isso mesmo.

Q: Então deixe-me perguntar-lhe Sr. Colton, quanto tempo você levaria para ir a mil e seiscentos quilômetros e voltar, já que não se paira em torno de 1.600 quilômetros de distância acima da Terra?

Colton: Pode ser feito numa questão de minutos, provavelmente, devido aos aspectos práticos de pouso e decolagem, isso poderia ser feito confortavelmente no espaço de uma hora.

Q: Comfortavelmente?

Colton: Para evitar velocidades inadequadas e quaisquer desconfortos.

Q: Em outras palavras, a possibilidade de ir à Lua em cinco horas, no momento, é um sonho, certo?

Colton: Não, eu não diria que é um sonho...

Q: Bom, se se leva uma hora para ir a 1.600 quilômetros de distância da Terra, deveria se levar um pouco mais do que 5 horas para se ir a Lua, a menos que se tenha uma rota indireta que economizará um pouco de tempo.

Colton: Se se pensar nisso em termos de um trem de passageiros deixando uma estação e chegando em outra estação ou uma aeronave viajando entre cidades. Esta proporção e a quantidade de tempo que se leva para pouso e decolagem a distância de aproximadamente 80 quilômetros numa atmosfera pesada, a viajem seria muito lenta. Uma vez fora dessa atmosfera, como disse o Sr. Carr, quase qualquer tipo de velocidade é possível até se aproximar da velocidade da luz. Se poderia aproximar-se de tal velocidade, porque se pode chegar a 1.600 quilômetros em um piscar de olhos. É por isso que digo que os números foram arredondados e arbitrariamente selecionados para a discussão e a preparação da proposta de contrato.

Q: Sr. Colton, 20 milhões de dólares parece muito dinheiro se se comprasse uma quantidade de balas, mas não soa como um monte de dinheiro para mim se se pudesse produzir a nave que você propõe. Você tem alguma idéia em mente por que algumas das grandes empresas aeronáuticas, Lockheed, etc; não conheço todas, por que é que elas não aproveitaram esta oportunidade para investir. É bem possível que não lhes custaria 20 milhões de dólares porque essas empresas já têm muito equipamento disponível.

Colton: Até o presente momento não nos aproximamos delas, diretamente, com uma oferta.

Q: Vocês se tornaram uma empresa em 1955 e imagino que vocês tenham feito um esforço para conseguir algum dinheiro para promover o produto.

Colton: Uma oferta que fizemos foi de que a nave OTC-X1 estacionará em qualquer área especificada no continente americano e iria uma ou mais vezes para fora da atmosfera da Terra e pousaria a uma certa distância do Pentágono, em Washington, ou qualquer outro local melhor adequado à observação pública.

Q: O que são essas bobinas? Para descrever isto do melhor jeito possível, imagine se se deseja um círculo de cerca de 41- 45 cm de diâmetro. Dois círculos que formam uma espécie de uma... em outras palavras, um círculo que se encaixa num outro círculo pela parte superior do círculo e em baixo do círculo hão dois cones, melhor dizendo, um está acima como uma pirâmide redonda e o outro é uma pirâmide redonda invertida. Há uma quantidade do que parecem ser fios de cobre enrolados ao redor da borda disso. Se se olhar para ele de frente, mais ou menos, pareceria com um motor de avião antigo. Também há uma espécie de moldura em cima e embaixo há uma espécie de suspensório. Essa é a idéia geral, notei isso, esses cones estão unidos boca a boca por alguns fios; os fios, à beira dessa coisa, giram dentro desta estrutura. Uma coisa difícil de se descrever.

Q: O que é isso aqui, Sr. Colton?

Colton: Esta é uma maquete de papel para mostrar o princípio de rotação do contador e a seção circular externa que Roy estava descrevendo ao olhar para a outra maquete. Ela contém os ímãs eletrificados em forma de ferradura. Isto giraria num sentido anti-horário, enquanto que a seção central, com o acumulador de elétrons, que ele descreveu como dois cones invertidos boca a boca, giraria no sentido horário.

Q: Será que esses fios na borda exterior...?

Colton: Rodam no sentido anti-horário, correto.

Q: Qual é o material da verdadeira espaçonave?

Colton: Vários materiais seriam usado.

Q: A casca exterior, possivelmente, seria de alumínio, senhor?

Colton: Provavelmente alumínio, provavelmente de fibra de vidro. Certamente nenhum material ou materiais ou produtos desconhecidos atualmente ou facilmente disponíveis.

Q: Quando você diz 580 rpm, você quer dizer que a borda externa está girando em uma direção com 580 rpm e o interior girando em outra direção à mesma velocidade, dando uma rotação total, uma em relação a outra de 1.160 rpm?

Colton: Exatamente, embora eu não sei se 1.160 tem qualquer relação com isso ou não.

Q: Bom, seria duas vezes a rotação da Terra.

Colton: Nós não estamos dando-lhe uma certa rotação por causa da rotação da Terra, mas por causa da relatividade da massa atraente. A Terra, com 12.8000 quilômetros de diâmetro, gira uma vez a cada 24 horas, isso é igual, relativamente, a uma nave de 14 metros de diâmetro girando a 580 rpm e 580 rpm calcularia-se como sendo a velocidade aproximada de rotação de um pneu de automóvel em um carro se movendo a cerca de 40-48 quilômetros por hora.

LJ: Vou tentar dar uma descrição de como se vê do lado de fora. Eu estava tentando descrever o interior do mecanismo, que é muito difícil, mas acho que poderia descrevê-lo desta forma, se eu puder. Imagine pegar um par de alto-falantes em forma de cone e colocá-los boca-boca. Isso parece ser o corpo da nave como o veríamos em vôo ou, bom digamos, pousando. Em torno dela há um anel independente... tal que os alto-falantes que estão boca a boca, em forma de cone, giram dentro do anel e no eixo deles.


Q: Parece um disco voador. De certa forma, me lembra um giroscópio...

LJ: Você descreveu o princípio básico da coisa?

Colton: Sim, o Sr. Carr descreveu o princípio básico e a relação da eletricidade e eletromagnetismo.

LJ: Poderia uma pequena nave ser construída para demonstração?

OTC: Nós planejamos construir um protótipo como um dispositivo de demonstração. Eu gostaria de declarar que determinados modelos foram construídos por mim e testados. Todos voaram. Um deles foi totalmente perdido no espaço. Nós tínhamos um sistema de controle e este não funcionou. Isso já foi feito.

LJ: Há alguns anos, um homem me vendeu dois pedaços de madeira de balsa, dois pedaços cruzados, e uma tira de borracha. Isso decolaria, elevaria-se bem alto e desceria ao solo delicadamente. Não foi surpresa para mim que uma coisa como esta seja bastante viável. Na verdade, ele tinha uma fantástica plataforma de vôo. Ele disse que um dia seria uma maneira de se voar em vez de uma hélice na frente. OK, como é que isso difere deste disco voador particular? Isso é o que ele realmente é, em princípio, em movimento. As plataformas voadoras eu acredito que sejam uma combinação de uma hélice e um jato. Direcionando o movimento para baixo. Isto não tem nada a ver com este sistema?

Q: Nada. Como calculamos, a velocidade da circunferência era de 2.033 quilômetros por hora. Torna-se quente a essa velocidade, não é?

OTC: Não, não fica porque se tem o próprio campo de proteção, que é a atuação eletro-magnética. Nós a descrevemos como uma unidade auto-contida, assim como uma laranja. Ela contém o suco dentro da casca e mantem o próprio sistema circulatório, como os mamíferos e os animais, etc. Esta ionização das placas do capacitor gera um brilho com uma luz luminescente muito suave.

LJ: Qual é a cor?

OTC: Seria um verde azul natural ou algo muito semelhante ao arco elétrico que se vê na soldagem. Este é o campo que estamos testando, não se tem uma barreira de calor na velocidade para a frente. Este campo eletromagnético está sendo testado agora em aeronaves convencionais e provou ser muito eficiente. Sabemos que há algo, a muito tempo, em nossa experimentação particular. Descobrimos em testes físicos reais.

LJ: Você já patenteou isso?

OTC: Temos pedidos de patente em preparação e em arquivo.

LJ: Eu, pessoalmente, estou muito relutante em tentar argumentar com você sobre este dispositivo, porque ele se parecece, definitivamente, com uma previsão futuristíca. Você acha que existem discos voadores de outros planetas?

OTC: Estes são objetos voadores eletrificados não identificados. Vimos estes, como mencionamos anteriormente nesse programa, e ficamos interessados visto que já estávamos construindo alguns modelos e os testando na época que fizemos estas observações. Ora, não cabe a mim conjecturar se são ou não de outros planetas, mas a evidência é forte, porque, certamente, não estaríamos gastando 355 milhões de dólares para construir um foguete se tivéssemos um método deste tipo, o que nos propomos a tornar possível. Nós temos o princípio. Se esse princípio já estivesse em operação, algo estaria muito errado em se colocar todo esse dinheiro em um foguete descartável. 55 milhões de dólares é muito dinheiro para se testar um foguete que só sobe poucos metros do chão.

Q: Bom, o que você acha do princípio dos foguetes sob certas condições? Você acha que você poderia colocar foguetes nas bordas dos cones e ter o anel girando pela propulsão de foguetes?

OTC: Não precisamos disso. Temos um rotação tremenda aqui. Um motor elétrico funciona da mesma maneira. Se configura uma força eletromotriz no interior de um campo magnético e se começa a rotação. Então, o que realmente temos é um motor elétrico melhorado que, em si, é um dispositivo circular e dizemos que tiramos energia do ar, de outra dimensão.

Também, para esclarecer a sua analogia, gostaríamos de mencionar o fato de que a própria Terra é, literalmente, uma nave espacial comprovando o que estamos falando: ela gira e orbita a uma certa velocidade constante, com um campo magnético e ela é, por si mesma, um nave espacial.

Q: Sr. Colton, assumimos que a Lua tem um campo gravitacional. Como ela cria um campo gravitacional e, ainda assim, não gira sobre o próprio eixo?

Colton: Ela não gira sobre o próprio eixo?

Q: Não, a Lua não gira sobre o próprio eixo.

Ben: Claro que gira, uma rotação por uma revolução.

Q: Quanto tempo leva?

Ben: 28 dias.

Q: E a terra leva um dia.

OTC: Foi assim que os engenheiros e cientistas avaliaram a velocidade da nave que chamamos de Terra, pela órbita da mesma. Pelo padrão já configurado, pela quantidade de tempo que a Lua leva para girar uma vez em torno da Terra a partir do centro da Terra: 28 dias. A distância sendo 394.000 quilômetros. É fácil de calcular.

Q: Estes cones parecem girar sobre um emaranhado de fios de cobre enrolados. Você fornece qualquer energia ao motor para isso?

OTC: Toda a energia vem de estes dois cones [Utron]. Isto em linguagem técnica é uma bateria. A grande novidade é que colocamos uma bateria em movimento. A projetamos baseados no conhecimento aceito das dimensões totais do espaço-matéria e a ativamos eletroquimicamente [eletrólitos no centro oco] e usamos a energia da catalização química para energizar a nave inteira; após isso, temos movimento como uma propriedade deste acumulador.

Ben: O telegrama do Sr. Osgood levantou uma questão muito importante e talvez crucial, principalmente, James Clerk Maxwell demonstrou que a luz é uma radiação eletromagnética, também confirmado por Hertz, que lançou as bases para o rádio moderno. A velocidade da radiação eletromagnética, como as ondas de rádio, também viajam 300 mil quilômetros por segundo. Em outras palavras, a luz e todas as formas de radiação eletromagnética viajam à velocidade de 300.000 quilômetros por segundo. Ora, se fosse possível a sua nave viajar mais rápido que a velocidade da luz, ela poderia, portanto, viajar mais rápido que a velocidade da radiação eletromagnética. Assim, uma vez que ultrapassasse 300 mil quilômetros por segundo, não se estaria tirando toda essa energia desta radiação eletromagnética, se estaria gerando e não se cairia rapidamente?

OTC: Há uma contínua queda no espaço que, em si, pode gerar velocidade e pode levá-lo para outro sistema. Mencionamos, conjecturalmente, que em outros sistemas poderiam haver velocidades diferentes. Não estamos aplicando-as a nossa nave. Não as identificamos com a nossa nave. Relativamente, não poderíamos ir mais rápido que a velocidade da luz, a menos que estivéssemos em um sistema que permitisse isso. O nosso sistema solar, que agora mencionamos três vezes, é definido em princípios conhecidos. Conjecturávamos sobre outros sistemas. Se formos além da velocidade da luz em outros sistemas, as condições dentro desse sistema tornariam possível que tivéssemos energia.

Roy: Vamos supor que, Sr. Carr, este veículo está em repouso. O que é que originalmente supera a inércia deste rotor e inicia o movimento do rotor?

OTC: A força eletromagnética armazenada na energia do acumulador elétrico Utron, que em linguagem técnica é uma bateria.

Roy: O acumulador elétrico Utron são estes cones que estão unidos boca a boca. Conheço as baterias de zinco, níquel-cádmio, chumbo. Você poderia usar essas baterias?

OTC: Poderíamos usar qualquer uma dos tipos que você mencionou, o que temos aqui é uma quantidade de energia enorme em comparação com as outras baterias, por isso, é muito fácil de se colocar mil baterias de 2 volts no interior desta unidade, como você o vê. Tem funcionado muito bem. Em nossa nave de 14 metros de diâmetro planejamos ter baterias de 12 mil volts que aumentará a força eletromotriz que energizará os eletroímãs e as placas capacitoras. Os fios geradores reporão nas baterias, deste sistema, a mesma quantidade de volts saindo até que haja um colapso dos eletro-químicos ou o desgaste do equipamento. Mas poderia durar tanto tempo quanto as baterias de armazenamento média em automóveis.

Roy: Para ligar o motor, originalmente, é necessário passar um fluxo de eletricidade através de um conjunto de fios?

OTC: Isso é verdade.

Roy: Existe alguma força magnética no outro conjunto de fios neste momento?

OTC: Eles operam individualmente por disjuntores e o primeiro movimento começa a iniciar uma repetição. O mesmo que acontece num motor que tem o oposto de um comutador, que é um acúmulo de pontos de contacto onde cada fio é energizado enquanto a corrente flui através deste fio. Então, isso inicia o movimento, a repetição desse movimento faz com que o motor entre em fase, do mesmo modo, o nosso acumulador e os ímãs aceleram e os circuitos são ligados e desligados enquanto eles giram.

Roy: Quando o rotor interno gira numa direção e o externo em outra direção, e se a cabine está localizada no topo do mecanismo de rotação, o que o impede de girar num sentido ou no outro?

OTC: Temos esta cabine no centro da nave e a bateria abaixo da cabine e os eletroímãs são toda a parte circular de alumínio externa. O eixo do acumulador passa pela cabine e há um rolamento. Tal que este permanece estacionário quando o resto está girando, assim também estará a cabine, porque hão duas forças em rotação. Você tem uma rotação no sentido horário do acumulador, as placas capacitoras, os fios geradores, se tem uma contra-rotação de toda a área circular da nave, o diâmetro maior que abriga os eletroímãs, portanto, quando se tem rotação nas duas direções, a cabine, em si, é como um suporte e extensão do eixo. Nós construímos modelos e provamos que isso está correto.

Roy: OTC X-I foi construído?

OTC: Seis naves levantaram vôo, uma sumiu; usávamos disjuntores de vários tipos e os fusíveis queimaram o interruptor e perdemos uma nave.

Roy: De que tamanho?

OTC: A maior e a que se perdeu era de 1,8 metros de diâmetro.

Roy: Você também fala do Motor de Gravidade Caroto e você mencionou que ele não requer nenhum local fixo para funcionar, você também fala de muitas outras coisas maravilhosas do potencial deste motor. É algo mais do que a nave espacial?

OTC: São dois pacotes separados. A nave utiliza o acumulador elétrico e o motor de gravidade utiliza a energia das forças atrativas inerciais. Nós aprendemos como extrair essa energia e aplicá-la num eixo de trabalho e obter a energia de trabalho que chamamos de energia livre, que é o que ela é. Não fazemos parte disso. Em linguagem vulgar isso seria classificado como movimento perpétuo. Não é nada desse tipo. É a energia livre. Nós aprendemos que todas as massas menores do que as massas que as atraem exercem energia. Até mesmo esse cinzeiro, se se necessitasse de um quilo de energia para levantá-lo, então ele está exercendo um quilo de energia. Temos um motor de gravidade verdadeiro. A função dele é produzir energia de forma contínua, sem qualquer dissipação de energia que o faça operar,  nós construímos estes modelos e eles operam e funcionam e estamos no processo de patenteá-los.

Mel: Voltando a uma pergunta de algum tempo atrás sobre uma analogia da Terra como uma nave espacial. Dando uma olhada na maquete do protótipo de armazenamento de energia na sua frente. Assemelha-se ao próprio sistema solar e, na verdade, uma das declarações na brochura publicada em 1957, afirmva que isso explicava a geometria do universo. Parece que este dispositivo miniaturiza e, essencialmente, duplica o movimento dos corpos no sistema solar. Deve ter a capacidade de miniaturizar essa energia. Então, em certo sentido, os corpos do sistema solar, em todos os tempos, mantiveram um movimento perpétuo nesses deslocamentos e é por isso que as pessoas chamam este armazenamento de energia da máquina de movimento perpétuo.

OTC: Mas nós não fazemos essas reinvidicações.

Colton: O Utron tem muitas aplicações, tem muitas formas, muitas variações. Em certo sentido se poderia descrevê-lo como uma armadura energizada ou, em outras palavras, um motor com uma bateria em movimento auto-suficiente, também, sendo capaz de continuamente re-energizar-se. A oferta em relação à nave espacial se aplica ao governo e a indústria. Nós só faremos demonstração total para divulgação depois de ter obtido um pedido oficial. Em outras palavras, não estamos procurando alguém para avaliar o nosso desenvolvimento. O Sr. Carr já percorreu um longo caminho na pesquisa. Ele não precisa ariscar o dinheiro dos contribuintes ou das indústrias para exploração e desenvolvimento. Vamos divulgar para quem for um comprador, mas não para alguém que venha por curiosidade.

Mel: O que a palavra "Utron" significa?

Colton: "Utron" é uma palavra inventada, uma palavra que o Sr. Carr juntou: a letra "U" e "tron", U significa a direção ou a forma do movimento como aplicado, usado e adequado neste acumulador ou bateria que descrevemos - U é o plano, a figura geométrica que é o retrato da onda, assim se poderia dizer. A letra U, como descrita no papel, em duas dimensões, é um retrato da onda no papel ou o perfil do movimento das ondas, em linha reta, a energia de pressão no acelerador Utron.

OTC: Para mim não há tal coisa como uma curva completa, só se vai a meio caminho, assim como só se vai a meio caminho na floresta, então se volta. Isso é a mesma coisa. A bissecção de uma esfera é a curva exata dela e a metade dela é a forma de U primária. Porque em ímãs há sempre dois pólos e uma forma normal para mostrá-los é em forma de U, mas se se estiver numa barra ímanta, ainda existem dois pólos e a forma ainda é a mesma. Só podemos colocar uma corda ao redor da árvore na metade dela, pois na outra metade a corda voltará ao ponto inicial, e isso é verdade em todos os movimentos de ondas. Então, se se estender isso para a velocidade, este é o padrão da onda senoidal e, definitivamente, da onda eletromagnética.

Ben: Entendo... o vortéx da onda.

OTC: Todo movimento é relativo a todo outro movimento, então este é um estado espiralador.

Ben: Então não é a forma desse movimento, o gráfico e a equação. Vou aceitar o fato de que, então, é a forma do movimento Utron.

OTC: Também a forma, bem como as duas dimensões, é intensificada na geometria do nosso acumulador.

Q: Por que vocês se referem a este veículo como um veículo de 4ª dimensão?

OTC: Porque a geometria do acumulador é igual a 4ª dimensão. Para mim, a aplicação de espaço e tempo, um campo vibratório e eletricidade, como os conhecemos, é uma força em movimento vibratório. Este é o simbolismo dele e quando ele é ativado, ele se transforma nisso. Ora, isso pode ser um pouco difícil de se entender, mas mesmo assim, as menores partículas eletrônica da matéria foram vistas sob o microscópio eletrônico mais anvançado como sendo quadrados unidimensionais. Para mim, esta é a confirmação de que esta é verdadeiramente uma dimensão de espaço, porque é a forma da matéria. Sem matéria não se poderia ter espaço.

Q: Estou segurando uma coisa que se parece com dois alto-falantes de uma forma simplificada, unidos boca a boca, dois cones boca a boca, como dois piões juntos, tal que eles têm um ponto em cada extremidade e, na verdade, parecem com um disco voador espesso... O que é isso que sai daí: é uma alta tensão?

OTC: A tensão será a que planejarmos.

Q: Em outras palavras, então, essa é uma bateria?

OTC: Isso mesmo.

Q: A bateria, em seguida, passa por esses ímãs?

OTC: A bateria gira neste campo magnético. A armadura média hoje, em todos os sistemas elétricos, é geralmente a permeabilidade, ferro fundido com cobre, em seguida, atravessando um campo magnético atua como um motor, ou torna-se um gerador, dependendo do chumbo. A grande novidade aqui, em relação como uma armadura é normalmente utilizada, é que temos uma unidade de energia, que é uma bateria, que é uma unidade de energia em movimento.

 Q: Em outras palavras, você pode chamar isso de uma fonte de energia auto-suficiente, certo? Como este gerador - talvez eu esteja usando a palavra errada - recolhe energia adicional do exterior?

OTC: Isto é devido ao movimento circular. Forças elétricas estão em movimentos onde elas se manifestam. Temos ciclos em corrente alternada; AC dá-lhe 60 ciclos por segundo, descobrimos em nossos experimentos que há um ciclo espacial relacionado com eletricidade e se nos juntarmos ao ciclo obtemos energia dele.

Q: Sr. Colton, você tentaria descrever para os nossos ouvintes como se pode levar para casa uma cópia de um Utron?

Colton: Se pode pegar um lápis e desenhar quatro linhas formando um quadrado. Quando se tiver um quadrado, desenhe uma linha reta de um canto do quadrado até o canto oposto e se terá dois triângulos de ângulo reto. Se se transformar a linha que se acabou de traçar numa pequena aba, se começará a ver dois cones invertidos, cuja base forma um equador circular. Embora se começasse com um quadrado, agora se tem dois cones. Obviamente, a base do cone é um círculo ou completamente redonda como a descrevemos, e se tem o dispositivo que é descrito como completamente redondo e completamente quadrado, o acumulador elétrico Utron. A cavidade no centro destes, que é um hemisfério quando os dois cones são colocados juntos, têm uma esfera oca. Esta é a cavidade que contém o eletrólito que seria usado em algumas das aplicações do acumulador.

Q: Qual é o valor do termo "completamente redondo e completamente quadrado" além da redundância óbvia?

Colton: É a definição de Carr de geometria ou a forma básica do espaço ou a forma básica de toda a matéria relativamente grande ou pequena como a descrevemos. É a definição dos movimentos das energias universais terminais do que chamamos de espaço.

Q:. Num dos folhetos você faz menção a uma "arma de fótons" e você diz: "Isto é um desenvolvimento que, principalmente, trabalha fora da atmosfera da Terra. Estamos entrando numa era de vôo espacial e o uso da energia solar é praticamente ilimitada"... O que é uma arma de fótons?

OTC: Eu estou usando a palavra "arma" como um princípio de reação, em vez do significado comum de uma arma. Contudo, é uma arma e dispara, na verdade, bilhões de raios de energia solar em ângulo reto com o plano alvo. Colocando-os numa certa câmara, fomos capazes de obter uma reação e sempre que há uma reação podemos obter energia, podemos obter força disso. Então, achamos que fora da atmosfera da Terra novos sistemas de propulsão, mesmo além do nosso próprio eletromagnetismo, se tornarão conhecidos.

O texto desta entrevista foi gentilmente sedido por Mike Hughes de Anaheim, Califórnia, como reimpresso em ENERGY UNLIMITED (ENERGIA ILIMITADA) por volta de 1983, e apesar de muito desbotado em muitos pontos, foi digitado por Jerry Decker da KeelyNet. A intenção de Decker era que pudesse ser copiado em outros sites na net para um público mais amplo possível das partes interessadas. O Projeto Camelot apóia e ecoa essa intenção.

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Notas (Bill Ryan, Projeto Camelot)

Não há nenhuma dúvida em nossas mentes que Ralph Ring é 100% sincero. Todos os que conheceram e ouviram, em pessoa, a história dele estão de pleno acordo. Contudo, os eventos que ele relata ocorreram há quase 50 anos e há alguns detalhes de engenharia que ele tem, compreensível, alguma dificuldade em recordar. Deve ser enfatizado que quase toda a documentação de laboratório relativa à experimentação de Carr foi confiscada pelo governo dos EUA em 1961.

Desde que Ralph se recuperou de uma doença grave, o Projeto Camelot se orgulha de o ter apresentado a um grupo de engenheiros e pesquisadores que estão em comunicação constante com ele e estão comprometidos a replicar os resultados da pesquisa de Carr. O Projeto Camelot se compromete a publicar atualizações sobre estes acontecimentos quando os resultados forem obtidos. A entrevista completa em vídeo com Ralph será postada aqui em breve.

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Mais informações: http://www.keelynet.com/gravity/carr3.htm. Alguns dos diagramas acima e fotografias dos documentos particulares Ralph Ring nunca foram publicados antes. Agradecemos pela colocação desse material em domínio público.

Clique aqui para a transcrição do vídeo.






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Bill Ryan

bill@projectavalon.net


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